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Decorrido um mês desde o início das aulas, é tempo de efetuar um pequeno balanço intercalar dos mais de 20 dias de atividades letivas iniciadas em setembro.
As aulas seguem o seu curso normal e expectável, pese embora ainda existam turmas sem professores um pouco por todo o país, problema que se configura muito preocupante principalmente em determinadas regiões e localidades. Aliás, a escassez destes profissionais tem condimentado os noticiários televisivos e as primeiras páginas dos jornais, pois apesar de algumas medidas do ministro da Educação terem procurado atenuar a situação, o certo é que a média de aposentações, superior a 200 por mês, agrava-a em muito.
A nuvem cinzenta, que mencionei no arranque deste ano letivo, persiste ameaçadora, sendo grande parte dos horários inevitavelmente preenchidos a nível de concurso de escola, dado o sistema de colocação nacional, em algumas circunstâncias, já não conseguir responder (na verdade, deixou-o de fazer em algumas circunstâncias desde agosto!) às necessidades existentes, obrigando os diretores a seguirem o caminho da contratação direta.
Talvez também por isso, o ministério da Educação pretenda atribuir autonomia às escolas na contratação de 1/3 dos professores, embora em moldes que estão ainda por conhecer. Os sindicatos e outros organismos foram auscultados e aguarda-se por uma decisão que será efetivada no próximo ano letivo.
A grande mudança operada este ano incidiu na supressão das regras e procedimentos adotados durante o COVID-19, francamente limitadores da ação de todos os elementos das comunidades educativas, impostas, e muito bem, em benefício da saúde e da segurança da população escolar. Foi restabelecida a normal socialização/interação, o que elevou os níveis de motivação, felicidade e de bem-estar, tão importantes para maior qualidade de vida.
Não obstante, a higienização (das mãos, das superfícies, dos espaços) é agora realizada com maior frequência, assumindo-se como uma prática resultante da aprendizagem útil que a permanência do vírus nos levou a adotar, a par da possibilidade de existência de reuniões online (de professores, dos diversos órgãos da escola), de entre outras alterações introduzidas na rotina e no trabalho diário de uma comunidade educativa. Entre tantos fatores negativos, devemos aproveitar as oportunidades apresentadas pela pandemia, ainda que esperando que esses tempos lesivos não nos voltem a atormentar.
Os professores e os diretores envidarão esforços para que o ano letivo se desenrole sem sobressaltos de monta, na maior normalidade possível. Assim sejam ajudados.