Corpo do artigo
Nas últimas semanas, nos últimos dias temos assistido a um crescendo de iniciativas e visitas diplomáticas.
A República Popular da China depois de receber as visitas de estado do Irão e da Bielorrússia, de apresentar a sua «Iniciativa de Segurança Global» e a sua «Posição da China sobre a Resolução Política da Crise da Ucrânia» anunciou na sexta-feira o restabelecimento das relações diplomáticas entre dois arquirrivais, nomeadamente, a Arábia Saudita e o Irão.
Os Estados Unidos da América também não têm estado quietos. Em destaque, a visita de dois alemães a Washington: primeiro, o Chanceler Olaf Scholz e, em segundo, Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia.
TSF\audio\2023\03\noticias\13\13_marco_2023_a_opiniao_raquel_vaz_pinto
Em paralelo, e no seu registo bem mais discreto, o Secretário de Estado Antony Blinken tem realizado visitas importantes. Desde logo, a sua ida aos dois países cruciais da Ásia Central, nomeadamente, o Cazaquistão e o Uzbequistão, no início de Março. E, nesta semana, a ida à Etiópia e ao Níger, dois estados num continente no qual os EUA têm muitas dificuldades.
Para além de Beijing e Washington quero destacar na passada semana a cimeira entre a França e o Reino Unido e, sobretudo, a visita de estado da Austrália à Índia com o objectivo de reforçar uma parceria muito importante na estratégia do Indo-Pacífico.
A rivalidade entre a China e os EUA é cada vez mais evidente e a atenção diplomática das últimas semanas é bem indicativa dessa disputa.