Corpo do artigo
Em termos de próximas eleições no espaço da União Europeia as atenções têm estado centradas nas polacas, que terão lugar em meados de outubro.
Se tivermos em consideração as declarações graves do Presidente e do Primeiro-Ministro sobre a Ucrânia e os seus cereais percebemos bem o quanto o governo está preocupado ou mesmo nervoso.
Neste país com cerca de 38 milhões de habitantes e do ponto de vista eleitoral, o setor agrícola - que emprega cerca de 11,5% dos trabalhadores - e, de forma mais abrangente, as zonas rurais são cruciais para a vitória face à oposição liderada pela Plataforma Cívica (dados do World Factbook).
TSF\audio\2023\09\noticias\25\25_setembro_2023_a_opiniao_de_raquel_vaz_pinto
Mas, antes dessas temos outras eleições igualmente importantes na Eslováquia, um país com cerca de 5 milhões e 400 mil habitantes (segundo o World Factbook). Como é evidente a Eslováquia não tem o mesmo peso da Polónia na União Europeia. No entanto, se for confirmado nas urnas no próximo sábado o regresso do antigo primeiro-ministro Robert Fico, então teremos mais um país, tal como a Polónia e a Hungria, cujo registo interno é de uma democracia iliberal.
Mais ainda, a Eslováquia irá alinhar com a Hungria em termos de política externa, nomeadamente, ao ser contra a ajuda à Ucrânia à qual se junta uma maior proximidade a Moscovo.
A confirmar-se este cenário são más notícias para a democracia liberal na União Europeia e para o apoio à Ucrânia. A ver vamos o que decidem os eleitores eslovacos.
Desejo a todos os uma ótima semana.