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A melhor maneira de promover a unidade é não estar sempre a falar dela, ou da falta dela, e bem podemos desconfiar de quem a está sempre a exigir ou a prometer. Ouvir Montenegro e Rio, no rescaldo da reeleição do líder social-democrata, é ficar com a certeza que a unidade do partido continuará a ser o que foi até aqui e o primeiro "round" ficou já marcado para o congresso com a eleição do Conselho Nacional.
Rui Rio não voltará a cair na ratoeira de promover uma lista única, como fez com Santana Lopes, permitindo aos apoiantes do seu adversário entrar com uma quota na lista da unidade e outra quota na lista da diversidade. Ter uma maioria no órgão máximo entre congressos, como se viu em Janeiro do ano passado, é essencial para garantir a estabilidade. Dessa forma se constrói a unidade que todos apregoam, com firmeza, sem cedências desnecessárias e sem hipocrisias.
Montenegro começou já a reclamar os 47% dos votos que teve, parte seus e parte de Pinto Luz, e Rio já fez saber que avança com uma lista própria. Uma coisa são os votos que cada candidato teve na corrida à liderança, outra bem diferente são as fidelidades dos congressistas na hora de eleger os órgãos nacionais do PSD, aí há mais facções a ir a votos e os passistas sem Passos dividem-se e ficam mais fracos.
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