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Na semana que hoje termina, as escolas tiveram a possibilidade de se manterem encerradas, aspiração requerida há alguns anos a esta parte.
É da mais elementar justiça que os elementos das equipas diretivas gozem alguns dias de férias no mês privilegiado para o efeito. Deixar a escolas "respirar" na ausência de pessoas é produtivo e essencial. Trata-se de uma medida administrativa, gerida por cada diretor, tendo em consideração a realidade que lidera, muito bem aceite por todos.
Aconselha-se a continuidade da implementação desta medida positiva, desejavelmente anunciada a tempo e, se possível, vigorando pelo dobro dos dias (2 semanas).
Percebeu-se que o trabalho das escolas não saiu prejudicado e a satisfação foi generalizada, gerando uma motivação extra para enfrentarem o próximo ano letivo com renovada energia, preparando-o da melhor forma possível.
Prevê-se que as listas de colocação de professores sejam conhecidas já na próxima semana, ainda a tempo para os muitos que ficarem colocados a dezenas/centenas de quilómetros da residência habitual se acomodarem e organizarem a sua vida por mais um ano exigente. Neste sentido, é incompreensível a inexistência de apoios na estadia e/ou na deslocação, com as despesas a ficarem injustamente a cargo de quem terá um orçamento curto, e gastos adicionais elevados, entre outros, de combustível, transportes, 2.ª habitação, a par dos danos emocionais que emergem inevitavelmente.
Os professores deslocados são dignos de tratamento diferenciado, todavia na mesma medida e semelhança de outros profissionais da administração pública. Os escassos (29) apartamentos identificados em Lisboa e Portimão que lhes estão destinados, pelo facto de se situarem em regiões onde a escassez de docentes é flagrante, são uma gota de água num oceano de um problema a carecer de resoluções estratégicas mais eficazes.
Enquanto isto, o país educativo reclama conhecer a 2.ª decisão do Presidente da República sobre o diploma da carreira dos professores. Aguardam-se novidades até ao dia 10 de setembro...