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Hoje inicia-se um novo ano. É dia de reinício, renovação e reinvenção. Em cada ano que começa, cada português volta a encher o seu coração de esperança num país melhor, mais sustentável, mais equilibrado, mais coeso e com menos ou, de preferência, nenhuns casos de corrupção, falta de ética e de respeito pelo bem público e de ausência de valores morais. E tem a esperança de que não se repitam, neste ou noutros governos, casos como o do ex-autarca de Caminha, Miguel Alves, ou da indemnização de Alexandra Reis, paga por uma empresa pública intervencionada pelo Estado e, portanto, sustentada por todos nós, os contribuintes.
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O povo é sereno, mas não é parvo. Costuma tomar nota, no seu caderninho, de situações como estas e em período eleitoral, geralmente, reflete nas urnas as suas anotações. Para já, para o ano de 2023, e apesar de toda a incerteza provocada pelo quadro internacional marcado pela guerra, julgo que os portugueses esperam que o governo de António Costa saiba, de uma vez, afinar a estratégia para conduzir o país pelos caminhos do desenvolvimento, com estabilidade política e redução das desigualdades e da pobreza. Que saiba trilhar a rota da retenção do talento e da sua valorização, para que a sangria de recursos humanos para o estrangeiro não se torne um enorme calcanhar de Aquiles para Portugal. E ainda crie condições para que a política de saúde, educação e justiça permita ao país destravar o travão do desenvolvimento social e humano.
Em 2023 é importante que sejamos todos ainda mais exigentes no exercício do escrutínio democrático. Enquanto cidadãos, esse também é um dos nossos deveres.
São muitos desejos, mas este é o dia de mais um reinício e em que a ambição dos portugueses e europeus é, sobretudo, de paz.