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Ofuscado em Portugal pelo feriado de 5 de outubro, a comemoração do Dia Mundial do Professor tem vindo a reunir destaque cada vez mais importante, reforçado pela luta encetada, igualmente pela escassez sentida no setor.
Pretendo lembrar o esforço hercúleo de todos os que, diariamente, fazem das suas funções de ensinar o mais belo exemplo de dedicação ao próximo, acalentado por um humanismo inexcedível, repleto de virtudes.
Estas qualidades devem ser reconhecidas e louvadas em todos os profissionais e, neste momento, mais do que nunca, no tocante aos professores.
A escassez de docentes é um problema praticamente mundial do qual Portugal não teve engenho nem arte de escapar, sendo tolhido pelos seus efeitos, maioritariamente localizados em Lisboa e Vale do Tejo e Algarve e, agravado nestas regiões, pelo custo do arrendamento de um quarto ou casa, insuportável para o magro vencimento de qualquer professor no nosso país.
Em alinhamento com estas questões, é forçoso valorizar e dignificar a carreira docente de modo a atrair jovens para a mais bela profissão do mundo, rejuvenescendo-a, tendo bem presente a saída mensal, às centenas, destes qualificados profissionais, contribuindo, por este facto, para um défice cada vez mais fraturante tendo em conta os desígnios da Educação.
Não obstante, estou convicto de que podemos ter esperança, tendo em atenção a relevância dos dois sinais positivos percebidos nos últimos dias.
Por um lado, a reabertura do processo negocial entre o ministério da Educação e os sindicatos dos professores, aproveitando a oportunidade concedida pelo Presidente da República aquando da promulgação do diploma da carreira dos docentes; por outro, a intenção de um sindicato em suspender os pré-avisos de greve por tempo indeterminado. Respira-se um ambiente mais sadio e promissor, enquanto se aguardam resultados motivadores para os nossos gloriosos docentes.
Feliz Dia Mundial do Professor e continuação de excelente ano letivo!