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Entre ontem e hoje realizou-se, em Lisboa, uma conferência cujo objeto considero interessante partilhar com os nossos ouvintes. Chama-se Digital with Purpose, e pretende despertar políticos, sociedade civil e empresas, para unirem esforços e utilizarem a potencialidade da tecnologia atual para vencer os maiores desafios dos nossos tempos.
A tecnologia sempre foi um dos grandes motores das sociedades e 2023 foi o ano em que a Inteligência Artificial foi democratizada. Hoje na palma das nossas mãos, nos nossos smartphones, em apps como o ChatGPT ou o Bard, vivemos verdadeira ficção científica.
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Hoje temos ferramentas como nunca houve. Temos possibilidades como nunca existiram. Mas também desafios que nunca foram enfrentados. É por isso urgente equilibrar o tabuleiro de jogo e usar toda esta tecnologia, todo este conhecimento em favor de um futuro melhor.
Vivemos tempos de disrupção. De mudança e de velocidade. Tempos em que muitas vezes o futuro já foi ontem. E em que a oportunidade para a ação já é passado. Adiar representa perder oportunidades e tornar cada vez mais difícil realizar a tarefa que temos pela frente.
Hoje a palavra de ordem tem de ser sustentabilidade. Mas não só a sustentabilidade ambiental, também a social e claro a económica. E o combate à crise climática, tem de ser encarado também como uma oportunidade, não um entrave à economia ou às empresas. São oportunidades de negócio e de desenvolvimento com responsabilidade.
O digital, a inteligência artificial e a IOt, a Internet das coisas, são verdadeiramente uma revolução. Tecnologias que têm o poder de transformar a sociedade como a conhecemos. Têm um potencial de mudança similar à descoberta do fogo, da roda ou da motorização.
E não tenho dúvidas que essas mudanças irão acontecer. Resta-nos a nós definir a forma como ocorrerão.
Resta-nos a nós, todos. Empresas, Governantes e sociedade civil, escolher que esta transformação, que a utilização do digital, tenha um bom propósito e que seja a pedra angular que sustentará o nosso mundo.