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Na política, na economia e até no tempo vivem-se momentos de alguma esquizofrenia. Comecemos pelo tópico que não conseguimos controlar, o tempo. O frio chegou e vai manter-se nos próximos dias.
As temperaturas vão cair até sete graus, após um fim de semana em que algumas regiões chegaram aos 24 graus. Esta semana, no mesmo dia em que ouvimos este alerta, soubemos que o calor terá provocado a morte de 70 mil pessoas na Europa no ano passado. As mortes estão associadas às temperaturas registadas no verão no continente europeu, que atingiram novos máximos.
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Passemos à política: ora cai o governo ora caem duas das três acusações do Ministério Público no processo Influencer e que envolve o primeiro-ministro. Ora Costa e Marcelo estão unidos ora desavindos.
A troca de palavras entre Marcelo e Costa nos últimos dias e a polémica sobre a ida da Procuradora Geral da República a Belém, a quatro meses das eleições, desgasta as instituições e as figuras de Estado.
Não deveria o debate político estar centrado nos problemas do país? O é importante para o nosso futuro enquanto nação parece ser o que menos interessa aos atuais representantes das instituições de soberania. Quem perde com isso? Todos nós e as gerações futuras.
Passemos agora à economia: ora sobe o rating da República ora se insiste na contração no consumo das famílias, ora sobem salários na função pública ora se esmagam ordenados (em parte) no setor privado.
As empresas tão depressa lamentam a falta de talento e a enorme dificuldade de recrutamento, como retraem as contratações. Esta semana ficámos a saber que o desemprego está, de novo, a subir e a afetar, sobretudo, os mais jovens.
Vejamos: os desempregados inscritos nos centros de emprego subiram 4,9% em outubro e é o quarto aumento consecutivo.
O número de jovens desempregados inscritos, aumentou 8,6% (+2813 pessoas) em outubro face ao mesmo mês de 2022 e subiu 5,8% (+1930 pessoas) em cadeia.
Estará a economia a dar sinais da tendência esquizofrénica que parece afetar tudo e todos?
Caros dirigentes, haja bom senso e que o interessa coletivo seja colocado à frente do interesse individual!