Corpo do artigo
A liberdade de imprensa é tão importante na nossa vida enquanto portugueses e também no mundo como um todo. Por vezes, não damos a devida importância e não pensamos que o jornalismo, a liberdade de imprensa é absolutamente fundamental para que possamos viver de forma plena a nossa democracia.
E, nesse sentido, o Dia Mundial que assinala, que comemora a Liberdade de Imprensa é a 3 de Maio, ou seja, na passada segunda-feira. No seguimento da importância deste dia o Cinema São Jorge através de um tweet destacou um filme, evidentemente, sobre a importância do jornalismo de investigação. Um filme que retrata um marco muito importante e é, obviamente, «Os Homens do Presidente». Aquele filme no qual vamos percebendo, compreendendo toda a investigação que foi feita pelo The Washington Post sobre o escândalo do Watergate e que acabou por levar ao fim da própria Administração do Presidente Richard Nixon.
É importante a relação com o jornalismo de investigação, mas também com o jornalismo do nosso dia-a-dia, ou seja, que nos ajuda a compreender o que se passa à nossa volta e o que se passa no mundo, que por vezes não é nada fácil de se conseguir descodificar e compreender.
Deste modo é relevante olharmos para a avaliação do estado da liberdade de imprensa a nível mundial feita pelos Repórteres sem Fronteiras, avaliação essa que é muito, muito preocupante. A conclusão é muito negativa: dos 180 países e territórios que foram avaliados cerca de 73% revelam a impossibilidade ou obstáculos muito sérios a que os jornalistas cumpram esta sua função de informar, de investigar e de nos ajudar a viver a Liberdade de forma plena.
Quando olhamos para esta fotografia negativa temos desde logo as ditaduras, que olham para os jornalistas como ameaças. Basta pensar naquilo que tem acontecido a um território que aliás tinha a liberdade imprensa como um dos aspectos mais relevantes da sua sociedade civil, ou seja, Hong Kong. Temos visto o que tem sido feito e ao que têm sido sujeitos os jornalistas neste território pelo governo da República Popular da China. Mas, também há notícias e realidades muito alarmantes mesmo no continente europeu.
A liberdade de imprensa é tão importante que não pode ser posta de parte e temos de pensar de forma muito séria no seu alcance em todo o mundo. E gostaria de terminar esta crónica citando o secretário-geral dos Repórteres sem Fronteiras que diz numa frase muito feliz (e que é o título do relatório): «O jornalismo é a melhor vacina contra a desinformação.»