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O relatório da IGF e a consequente demissão da CEO e do Chairman da TAP, veio confirmar a forma displicente como a TAP Pública foi gerida. A informalidade era a regra, o WhatsApp o meio de comunicação e o cumprimento da legalidade um pequeno pormenor que ficou esquecido.
De resto e ao contrário do que dizia Jorge Coelho, estamos num período, em que: Onde se mete o PS, levamos. Levamos com uma fatura choruda, ou com serviços destruídos.
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Foi assim na TAP, com 3,2 mil milhões de euros que saíram dos impostos dos contribuintes, mas também é assim na saúde.
Na saúde, utilizou-se a Pandemia para alimentar a narrativa de que Saúde boa é a saúde Estatal. Mas em entrevista, Marta Temido, a grande propagandista desta tese, veio admitir que durante a crise do COVID-19 foi por vezes até mais fácil articular com os hospitais privados do que com os públicos.
Nesta narrativa, acabaram-se com as PPP"s na Saúde, tornaram-se hospitais modelo em exemplos do caos. E criou-se uma saúde para ricos e uma saúde para pobres.
Na Educação, a outrora a paixão de Guterres, o cenário não é melhor. Faltam professores, as greves tornaram-se um novo normal, os alunos perdem aulas e já nem se fala da recuperação da aprendizagem perdida na Pandemia. A educação, a melhor ferramenta para a mobilidade social, enferrujou e o Governo não tem arte, engenho ou sequer estratégia para inverter este estado de coisas.
Mas ao falar de paixões, não podemos esquecer o novo amor do PS: a habitação. Um amor que se adivinha levar a uma relação tóxica. Em que se instala o medo dos arrendamentos coercivos. Em que se define que as câmaras serão como o namorado controlador, espiando se as habitações são ou não devolutas.
Uma paixão em que não se constroem os alicerces, em que não se constroem casas. Uma relação sem pernas para andar, mas que muito ainda nos fará sofrer.
Está assim o Partido Socialista, a confundir maioria absoluta com poder absoluto, sem conseguir fazer aquilo para que foi eleito, resolver os problemas das pessoas.
Muito foi criticada a falta de vocação reformista do Governo de António Costa, mas a verdade é que hoje, cada vez que o governo se mete, já só trememos com o desastre anunciado.
