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Esta vai ser uma semana muito, mas mesmo muito relevante em relação ao presente e ao futuro da NATO. Começa amanhã a Cimeira ao mais alto nível desta organização na capital da Lituânia, ou seja, na cidade de Vilnius.
Hoje mesmo temos uma última tentativa mediada pelo secretário-geral Jens Stoltenberg entre a Suécia e a Turquia com vista à resolução do dossier de adesão deste país escandinavo.
Mas, é claro, o grande tema é como é que esta organização se vai posicionar a médio e longo prazo em relação à Ucrânia.
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Tudo indica que assistiremos a uma alteração de estatuto traduzida em uma melhoria institucional em que a actual Comissão entre a NATO e a Ucrânia passará a Conselho. Esta alteração mostra de forma inequívoca a importância política e estratégica desta relação. Basta pensarmos que a Rússia em tempos idos também teve esta mesma deferência.
Outra questão bem mais complexa: as tão faladas «garantias de segurança» até a Ucrânia poder começar o processo de adesão que, para alguns estados-membros, é indissociável do fim da Guerra.
Por último, os países do Indo-Pacífico que foram convidados, ou seja, o Japão, a Austrália, a Coreia do Sul e a Nova Zelândia. Tenho alguma curiosidade para perceber como é que vai ser feita a discussão citando The Japan Times face "à oposição da França relativa ao plano de abertura de uma delegação da Aliança no Japão".
E, por falar em França, vamos ver como correm as tradicionais festividades do 14 de Julho tendo em conta a situação interna, uma vez mais a ferro e fogo.
Desejo a todos uma boa semana.