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Na passada quarta-feira o Parlamento Europeu aprovou uma resolução muito importante. O seu título diz tudo: "Reconhecimento da Federação Russa como um estado patrocinador de terrorismo". É verdade que, do ponto de vista prático, a União Europeia não tem capacidade de operacionalizar esta medida, ou seja, de lhe dar um cariz vinculativo tal como quatro dos vinte e sete estados-membros já o fizeram.
Então porquê considerar relevante esta medida? Na minha perspectiva, há um valor político crucial nesta resolução: a exposição de forma clara da violência e do horror da guerra feita pela Rússia e dos seus crimes.
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Nas palavras da resolução: "tendo em conta que, desde Outubro de 2022, a Rússia tem atacado deliberadamente as infraestruturas críticas ucranianas por todo o país de modo a aterrorizar a população e cortando o acesso ao gás, à electricidade, à água, à internet e a outros bens e serviços essenciais, uma situação que é ainda mais devastadora com o Inverno a chegar."
De facto, em matéria de luta pelos direitos humanos o Parlamento Europeu tem sido uma voz importante. E no dia 14 de Dezembro vamos assistir a outro momento também importante: a atribuição do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento.
Nas palavras da Presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola: "Este Prémio é para os ucranianos a lutar no terreno. Para aqueles que foram forçados a fugir. Para aqueles que perderam familiares e amigos. Por todos aqueles que se opõem e lutam por aquilo em que acreditam. Eu sei que o povo bravo da Ucrânia não irá desistir e nós também o não faremos."
Sinceramente, assim o espero.