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É inquestionável que Portugal precisa de séria discussão sobre muitos dos seus setores essenciais: Economia, Justiça, Educação, Saúde, Habitação e por aí adiante. O país tem problemas estruturais graves que se arrastam e cujas soluções têm dificuldade em ser audíveis.
Digo propositadamente que têm dificuldade em ser audíveis e não que não existem. Na verdade, existem propostas para mudar o rumo das coisas, mas, infelizmente, têm muita dificuldade em obter o espaço mediático devido.
Digo-o não como uma crítica aos meios de comunicação social, mas antes como a constatação que o clima político existente assim o impede.
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É mais que legítima e normal a linha editorial que dá destaque às situações anómalas com que o governo nos tem presenteado. A notícia é sempre o "homem que mordeu o cão". O problema é a alta frequência com que estas bizarrias têm ocorrido.
O Governo desde que tomou posse anda de crise em crise, de episódio surreal em episódio surreal, e a comunicação social, claro, tem de acompanhar as contínuas temporadas desta novela venezuelana em que o Governo de António Costa e o Partido Socialista nos enredaram.
O Governo e o Partido Socialista, são hoje um fator de instabilidade constante. É impossível com tantas trapalhadas o país concentrar-se em qualquer assunto sério. Não que não existam soluções, não que não exista vontade dos partidos políticos - pelo PSD falo - e muito menos, por não existir o desejo profundo por parte dos Portugueses de ver a sua vida e o seu futuro discutidos com seriedade.
Já todos estamos fartos das trapalhadas da TAP. Dos governantes que se contrariam entre si. Das demissões, 13 desde que o governo tomou posse. Das guerras internas do PS. Do prometido Pedro Nuno Santos, do preferido Fernando Medina, da protegida Mariana Vieira da Silva, da outsider Marta Temido e de mais uma infinidade de protocandidatos socialistas.
Nada disto já interessa aos Portugueses. E em boa verdade, nada disto interessa à política e aos políticos.
Sou, como todos sabem, vice-presidente do PSD, mas digo sem qualquer pejo: o que mais desejo neste momento é que o Partido Socialista e o Governo parem de fazer asneiras.
É urgente que o país se concentre em resolver os verdadeiros problemas dos portugueses. Esta não é só a minha vontade, mas também a do PSD, discutir com propostas e seriedade o futuro Portugal. Assim, o Governo e o Partido Socialista o permitam.