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Em pleno ano de 2022, as expectativas para uma entrada promissora no segundo período letivo, adiada por uma semana, dependem sobremaneira da mensagem que o primeiro-ministro proferirá ao país a 5 de janeiro. Haverá novas surpresas?
Não querendo pronunciar-me sobre as opiniões médicas ou científicas que tanto se discutem e analisam nos dias que correm, por considerar que a área da saúde é pertença dos especialistas, recordo que, no dia 10 de janeiro, os alunos, professores e pessoal não docente apresentar-se-ão nas escolas onde muitas crianças e jovens com idade inferior a 12 anos regressarão já inoculados por opção dos seus pais. Os professores beneficiaram do critério da idade, e como se trata de um corpo de profissionais maioritariamente acima dos 50 anos de idade, já realizaram, ou realizarão em breve, o reforço respetivo, assim como os demais profissionais da Educação, entrando com o pé direito, e bem mais seguros, para enfrentar os próximos tempos.
Os equipamentos informáticos e digitais disponibilizados em regime de comodato pelo Ministério da Educação estão a ser entregues aos alunos à medida que chegam às escolas, priorizando-se no passado os que beneficiavam da ação social escolar, sendo o momento de atribuir aos restantes.
Curioso, ou talvez não, alguns pais e encarregados de educação recusam o referido empréstimo temporário, indício de aquisição por conta própria, ou simplesmente da vontade em não subscrever essa benesse. A verdade é que a literacia digital dos alunos e professores tem vindo a melhorar substancialmente, quer por via do autodidatismo que cada um desejou desenvolver, quer pela realização de formação proporcionada pelas escolas e tutela. Todavia...
... o regime presencial é aquele que todos (?) pretendem que impere, mas não podemos descartar a hipótese (espero que remota) de se repor o ensino a distância, que tem ocorrido por hiatos de tempo variáveis, desde março de 2020 até ao período letivo transato, principalmente para os alunos do 1.º ao 6.º anos de escolaridade, pelo facto de não terem, até então, sido vacinados.
Faço votos que na decisão a ser tomada, os responsáveis políticos tenham em linha de conta a necessidade primordial de um desenvolvimento integral das nossas crianças e jovens, nomeadamente no que respeita aos relacionamentos e à socialização, ao bem-estar emocional e à saúde mental. Espero, ainda, que seja adotada de forma mais regular a testagem nas ou para as escolas, protegendo, por conseguinte, estabelecimentos já por si muito seguros.
Esta semana, durante o prolongamento da pausa letiva do Natal, as escolas continuarão a cumprir a sua missão social, acolhendo alunos que necessitem estar nos espaços que os fazem felizes, disponibilizando almoços aos discentes que delas carecem, num trabalho reforçado pelas parcerias com as autarquias locais e de enorme importância para as comunidades escolares.
As escolas e os seus profissionais continuarão a fazer jus à confiança depositada pelos portugueses no seu trabalho de excelência, merecedor de reconhecimento efetivo por parte de quem comanda os destinos do nosso belo país, Portugal.