Corpo do artigo
Talvez poucos reconheçam o nome Nuno Sebastião. Não joga futebol, como Cristiano Ronaldo, mas já foi eleito o empreendedor do ano pela London Business School, em 2017. É fundador e líder da Feedzai, uma startup portuguesa de deteção de fraude em pagamentos.
Este mês, em Lisboa, a convite do Dinheiro Vivo, deu uma lição sobre a necessidade de ter ambição global, compromisso, talento e cultura de trabalho. Não partilhou receitas milagrosas, mas apontou pistas uteis acerca do que fazer e o que não fazer para ter sucesso na selva empresarial e tecnológica.
A London Business School já tinha reconhecido o trabalho que desenvolve para tornar mais acessível a criação de inteligência artificial. Hoje a empresa de Nuno Sebastião lidera a deteção e prevenção de fraude em pagamentos a nível mundial. Tem presença em todo o mundo e também apareceu no índice das empresas tecnológicas com maior potencial de crescimento na Europa. E há mais, já constou na lista Forbes das 50 melhores fintech, ou seja startups financeiras, do mundo.
TSF\audio\2023\02\noticias\25\26_fevereiro_2023_a_opiniao_rosalia_amorim
A Feedzai foi fundada em Coimbra e ali mantém a sede. Protagonizou uma das maiores rondas de investimento de sempre numa empresa portuguesa. É uma referência no universo digital e tornou-se o quarto unicórnio português, ou seja, a atingir uma avaliação acima dos mil milhões de dólares - o patamar mínimo para ter o estatuto de unicórnio. A solução da Feedzai concorre com multinacionais como a IBM e fornece, por exemplo, alguns dos maiores bancos do mundo.
Há um novo paradigma a correr à frente dos nossos olhos e nem sempre damos conta dele. Envolvidos nas dificuldades económicas do dia a dia e nas polémicas políticas, os portugueses desconhecem muitos dos casos de sucesso made in Portugal. Mas eles existem, o mercado internacional reconhece-os e são importantes sinais de desenvolvimento, emprego qualificado e esperança para mais um ano de guerra. Venham mais casos como este! O país precisa de bons empreendedores.