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A maioria de nós não se lembra, certamente, de desejar receber de presente de Natal o fim de uma guerra. É o desejo de muitos, mas não correspondido. Na Ucrânia o povo continua a sofrer após a invasão da Rússia que já leva quase um ano.
Perante todas as atrocidades a que vamos assistindo, os dramas pessoais, familiares ou profissionais de cada um podem parecer, simplesmente, migalhas.
O conflito está para durar. O presidente russo afirmou esta semana que o país vai aumentar o seu potencial militar. Num encontro com altas patentes militares, Vladimir Putin disse que "as forças armadas estratégicas vão ser equipadas com os armamentos mais modernos".
"Hoje, praticamente todos os países da NATO estão a combater contra a Rússia", declarou Putin. Assegurou que os "soldados russos vão cumprir todos os objetivos, nomeadamente nos novos territórios", de modo a garantir a segurança dos cidadãos russos. "O número e a qualidade do nosso armamento aumenta diariamente", assegurou.
Falou do tipo de armas em detalhe e ainda referiu que os soldados devem ter os equipamentos necessários, que não há limites de financiamento às forças armadas e que se deve produzir drones aéreos.
"É na unidade do povo e das forças armadas que reside a nossa força", sublinhou Putin no final de mais uma intervenção que voltou a assustar o mundo.
Ouvindo estas e outras palavras, depreendemos que o conflito armado na Europa está para durar. Isso deita por terra muitos outros desejos natalícios, como a descida da inflação, a queda dos preços dos combustíveis ou a desaceleração das taxas de juro.
Resta-nos pedir ao menino Jesus (como fazem sempre os meus velhos) "muita saúde" - física e mental. Com ela tudo se faz; sem ela qualquer um se perde nos meandros do seu dramatismo ou narcisismo.
Saúde para todos e um Feliz Natal!