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O país já passou e ultrapassou com sucesso várias missões difíceis. A próxima será a da Jornada Mundial da Juventude, na primeira semana de agosto. Uma iniciativa que compreende obra e que provavelmente só aconteceu graças aos ajustes diretos - tendo em conta a gigantesca burocracia e lentidão que implicaria percorrer o longo caminho dos concursos públicos -, mas, já agora, que sejam feitos de forma transparente e ética.
Finalmente, já se vê quase tudo a postos no Parque das Nações Norte, onde foi instalado o grande palco para receber o Papa Francisco, e as forças de segurança prepararam o terreno para receber em segurança o Santo Padre e os peregrinos.
Em entrevista ao DN, Paulo Vizeu Pinheiro (secretário-geral do Sistema de Segurança Interna) deu conta de que está tudo a postos, que "vamos ter um Estado com mais polícia", não necessariamente um Estado armado, e que o objetivo é receber em segurança e com o mínimo de incómodo possível quem nos visita.
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Foram traçados mil e um cenários, desde ataques terroristas a manifestações, greves ou distúrbios provocados por gangues ou ataques psicóticos. As simulações foram realizadas pelas várias forças de segurança envolvidas e testados todos os cenários de risco significativo, elevado e imediato.
Ainda que muito planeamento esteja feito, é também responsabilidade de cada um de nós que tudo corra pelo melhor, de forma segura e organizada. Mesmo para um país como Portugal, que é conhecido como uma nação que tão bem sabe acolher, este vai ser o grande teste.
Por cá, já foram organizados desde grandes festivais de música à Cimeira da NATO, mas nenhum desses eventos recebeu tanta gente quanto deverá reunir a Jornada Mundial da Juventude. O que vai realizar-se na capital, nos primeiros seis dias do próximo mês, é o maior evento de sempre. E tem potencial para trazer ao país um retorno avaliado em mais de 400 milhões de euros, graças à chegada estimada de 1,5 milhões de pessoas que chegam de todos os continentes.
Na Expo"98 poucos de nós acreditámos que iríamos ser capazes de receber uma avalancha mundial de visitantes, envolvendo uma tremenda logística, e fomos capazes. Sim, nós conseguimos. E conseguimos ser dos melhores do mundo quando queremos e quando nos empenhamos. Esta é a hora de arregaçar as mangas e voltar a fazer História.
Com ou sem fé, em total liberdade religiosa, façamos um caminho que nos permita recordar esta Jornada como um orgulho nacional.