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Está a chegar o Dia da Liberdade, a precisar de celebração convicta que nos avive a memória de tempos que não queremos repetidos. Já lá vão 46 anos, mas não podemos nunca deixar de pôr o cravo na lapela e mais ainda amanhã, porque a polémica que se gerou exige uma resposta firme de quem ama a liberdade.
Do dia da Liberdade daremos um salto para o Dia do Trabalhador e daí, em passos lentos, para o desconfinamento... o estado de emergência chegará ao fim e estaremos com o tempo que passa cada vez menos obrigados a uma reclusão caseira.
Temos de viver essa liberdade com total responsabilidade, cumprindo com especial rigor todas as regras que a Direção Geral de Saúde nos vai impor. O distanciamento social continuará a ser a regra; os cuidados com a higiene serão reforçados e a necessidade de estar frequentemente a desinfetar as mão com álcool gel aumentará com uma permanência maior das pessoas na rua; o Estado terá de cumprir a sua obrigação de desinfetar com regularidade os locais públicos de maior aglomeração de pessoas.
A liberdade que este ano não chegará com um golpe militar iniciado numa madrugada de abril, que tanto nos custou a garantir há 46 anos e que se consolidou apenas mais de um ano e meio depois, com o 25 de Novembro, chegará aos bochechos com medidas quinzenais. Já não estaremos a lutar contra uma ditadura que oprimia o povo, mas a lutar ao lado de uma democracia que exige de nós o máximo de responsabilidade. Saibamos merecer a liberdade que está a chegar.
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