O líder da CGTP diz que o Dia do Trabalhador serve para expressar o descontentamento relativamente às políticas do anterior governo e para lembrar ao atual que é preciso cumprir o que foi prometido.
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Depois de Passos Coelho ter dito que, à luz dos atuais indicadores económicos não vê razões para festejar o Dia do Trabalhador, o líder da CGTP responde garantindo que as comemorações deste ano servem para os trabalhadores expressarem o descontentamento para com a política assumida pelo seu executivo.
Arménio Carlos falava à margem da manifestação que decorre em Lisboa e na qual participam centenas de pessoas num tradicional desfile.
Não querendo deixar em claro o que move os trabalhadores a manifestarem-se, o líder da CGTP fez questão de desafiar António Costa:
"O primeiro-ministro ter de dar sequência às promessas que fez. O primeiro -ministro diz que ia assumir uma política contra a austeridade, pela reposição dos direitos dos trabalhadores, com respeito pela contratação coletiva e é isso que nós esperamos".O tradicional desfile da CGTP arrancou do Martim Moniz em direção à alameda D. Afonso Henriques.
A secretária-geral-adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, esteve em Lisboa, em representação dos socialistas no desfile do 1.º de Maio, cumprimentando Arménio Carlos antes de o dirigente sindical integrar a 'cabeça' da manifestação, mas a saudação prolongou-se por quase cinco minutos de diálogo em frente aos jornalistas.
Ana Catarina Mendes disse, este domingo, ao líder da CGTP-IN que "é bom festejar" o 1.º de Maio "em clima de compromisso" e de "reforço do diálogo social".
O desfile da CGTP, em Lisboa, era encabeçado por duas duas faixas nas quais se lia: "Defender, Repor e Conquistar" e "1.º de Maio avança pela mudança".