João Oliveira, líder parlamentar do PCP, lamenta que "outros grupos parlamentares" tivessem apresentado propostas sobre a morte medicamente assistida durante as jornadas parlamentares comunistas.
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No dia em que o BE entregou no parlamento o projeto de lei sobre a despenalização da morte medicamente assistida e os socialistas, pela voz de Carlos César, anunciaram que "o PS apresentará um projeto próprio para a legalização da eutanásia", o PCP deixou críticas aos dois partidos, acusando-os de "desrespeito" parlamentar.
"Relativamente a iniciativas que outros grupos parlamentares entenderam tomar a coincidir com jornadas parlamentares do PCP, em desrespeito por uma prática que existe, não vou fazer mais nenhuma consideração", disse João Oliveira, no encerramento das jornadas parlamentares comunistas.
O líder parlamentar do PCP referia-se, assim, a uma prática que está instituída no parlamento - mas que não tem qualquer caráter vinculativo -, segundo a qual os grupos parlamentares não apresentam iniciativas legislativas durante as jornadas parlamentares de um outro partido.
Em Portalegre, questionado sobre o tema da despenalização da morte medicamente assistida, João Oliveira sublinhou que, para já os comunistas não têm uma posição definida, e que se encontram ainda a refletir sobre a matéria. "É conhecida a posição geral que o PCP tem vindo a referir relativamente à reflexão que essa matéria exige", insistiu João Oliveira
Perante a insistência dos jornalistas, o líder da bancada comunista afirmou que preferia concentrar-se nas iniciativas que resultaram das jornadas parlamentares e adiantou que o partido tomará uma posição "no momento próprio".