Os representantes do presidente eleito do PSD e do seu adversário nas diretas chegaram a acordo para listas de unidade aos órgãos nacionais do partido exceto a Comissão Politica Nacional.
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A informação foi confirmada pelo antigo diretor de campanha de Rui Rio. Salvador Malheiro disse à Lusa que o entendimento foi feito "de acordo com o resultado eleitoral" (em que Santana Lopes obteve perto de 46% e Rio 54%) e abrange os vários órgãos nacionais, à exceção da Comissão Política Nacional, o órgão de direção do presidente eleito.
Pedro Santana Lopes encabeçará, assim, uma lista de unidade ao Conselho Nacional, como estava previsto.
Os representantes de Rio e de Santana vão voltar a reunir pelas 10h00 no congresso do PSD para, em conjunto, formalizarem o convite aos membros da listas para os vários órgãos nacionais, com exceção da Comissão Política Nacional.
No final do primeiro dia de trabalhos no congresso do PSD, e antes de alcançado este acordo, Santana Lopes confirmava que havia de facto uma ideia de acordo entre ambos para as listas ao Conselho Nacional do partido, mas que nada estava decidido.
"A questão das listas é secundária, se for possível haver listas conjuntas, muito bem, se não for possível, paciência, não põe em causa o essencial, que é a questão política da convergência e da unidade do partido", afirmou Santana Lopes, depois do encerramento dos trabalhos.
Segundo o ex-primeiro-ministro, depois da disputa interna, ele e Rio combinaram uma lista conjunta. "A proporção que foi combinada ao princípio foi a dos resultados eleitorais, mas não tem de haver prova dos nove , pode haver uma variação", adiantou Santana Lopes, lembrando: "Vamos ver se há listas conjuntas, porque há tanta gente que não cabe. Não vou inventar qualquer teoria, não cabem, não tem qualquer significado político".
O acordo alcançado entre Rui Rio e Santana Lopes foi anunciado pela quatro da manhã, já depois do encerramento dos trabalhos do primeiro dia de congresso do PSD.