O PSD e o Instituto Sá Carneiro promovem um conjunto de iniciativas para assinalar a adesão à então CEE. Três décadas depois, Carlos Coelho, Presidente do Instituto, diz que é preciso olhar para o Futuro.
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A 12 de junho de 1985, era assinado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, o tratado que concretizava a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE). Depois de oito anos de negociações, a partir de 1 de janeiro de 1986 o país tornou-se o 11.º membro da CEE.
O PSD e o Instituto Sá Carneiro promovem a partir desta sexta-feira um conjunto de debates em vários pontos do país para assinalar os 30 anos da adesão. Carlos Coelho, Presidente do Instituto e eurodeputado, ouvido pela TSF, defende que Portugal beneficiou muitos nestas três décadas na sequência da adesão e que cabe aos portugueses fazerem ouvir a sua voz no contexto europeu.
"Não são apenas os alemães, os ingleses, os franceses, os italianos, os espanhóis que têm o direito de dizer qual é a Europa que querem ajudar a construir, qual a Europa em que querem viver. Nós também temos direito", defende Carlos Coelho. Para o eurodeputado, "Portugal tem todo o interesse em colaborar" numa Europa da coesão económica e social.
A primeira sessão do conjunto de debates que está a ser preparado tem lugar esta sexta-feira à noite, em Lisboa. No Centro Cultural de Belém vai ser recordada a adesão à CEE, fazendo um balanço dos últimos 30 anos. Mas Carlos Coelho aponta um programa virado para o Futuro com iniciativas em vários pontos do país.
Para o Presidente do Instituto Sá Carneiro, discutir o futuro da Europa é fundamental, sobretudo numa altura em que se colocam muitos desafios e é preciso mostrar que a União não é só Economia - é também coesão social, solidariedade e valores. O eurodeputado dá o exemplo da Crise de Refugiados que se vive na Europa. Carlos Coelho considera essencial responder a uma só voz, sem "ceder aos egoísmos nacionais".
Esta sexta-feira à noite, a sessão "30 anos de Portugal na Europa" conta com a participação de Jaime Gama, ministro dos Negócios Estrangeiros em 1985, Rui Machete, à época vice-primeiro-ministro, e Vítor Martins, responsável pelas negociações de adesão de Portugal à CEE desde 1979. O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho marcará presença em todas as iniciativas.