Marcelo Rebelo de Sousa parte esta segunda-feira para a América Latina. No roteiro do Presidente da República, Cuba, Colômbia e Brasil.
Corpo do artigo
A visita de estado a Cuba, que será acompanhada por Anselmo Crespo, poderá incluir um encontro com Fidel Castro. Sem jornalistas, sem comitiva, sem cameras, sem máquinas fotográficas. O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e o líder histórico da revolução cubana, a acontecer, será a sós e apenas se a saúde de Fidel Castro o permitir.
O primeiro dia da visita de Estado a Cuba tem um espaço em aberto logo a seguir ao almoço, desta quarta-feira. Marcelo pediu. Fidel aceitou. Se o encontro se proporcionar haverá uma fotografia no final tirada, em princípio pelo filho do próprio Fidel Castro.
Mas esta visita de Estado, a primeira que um Presidente da República faz a Cuba, tem outros propósitos... culturais, económicos e políticos.
Marcelo leva para Havana um voto por unanimidade do Parlamento Português contra o bloqueio americano que dura há mais de 50 anos. Depois da aproximação feita pela administração Obama, Portugal junta-se assim ao coro dos que defendem que este bloqueio há muito que deixou de fazer sentido.
Ao mesmo tempo, a ideia é estreitar os laços económicos entre os dois países.
Este ano, pela primeira vez, Portugal tem um pavilhão na Feira Internacional de Havana, a maior das caraíbas, que começa dia 31 deste mês. Antes disso, já esta quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa discursa num encontro de empresários portugueses e cubanos.
Isto depois de um passeio matinal pela zona histórica de havana. O Presidente da República visita uma congregação de irmãs, inaugura uma biblioteca e à tarde, coloca uma coroa de flores no monumento nacional dedicado a José Martí, um herói da luta cubana. Segue-se o encontro com o Presidente Raúl Castro e um jantar de estado no Palácio da Revolução.
O segundo dia de visita é dedicado à ciência, à cultura e à língua portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa visita um centro de Neurociência, participa numa conferência sobre Portugal e América Latina, na Universidade Havana, recebe a comunidade lusófona a residir em Cuba e ainda tem tempo para visitar uma exposição de filigrana portuguesa.
Tudo isto ao ritmo de Marcelo que segue depois para a Colômbia, onde participa, com o Primeiro-ministro António Costa, na Cimeira Iberoamericana e depois... Brasil.
A viagem à América Latina termina na capital brasileira onde decorre este ano a Cimeira dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Marcelo regressa a Lisboa no dia 1 de novembro, mesmo a tempo de acompanhar o início do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2017.