António Costa recorre à expressão popular para esclarecer a declaração feita em Paris, sobre o emprego para professores em França.
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O Primeiro-Ministro recorreu ao Twitter para dizer que "não apelou à emigração".
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Num balanço da visita a Paris para celebrar o 10 de junho junto da comunidade portuguesa, António Costa falou do compromisso do ensino do Português nas escolas francesas.
O chefe do governo referiu-se a "uma oportunidade de trabalho para muitos professores de Português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e podem encontrá-lo" em França.
Uma declaração que motivou críticas indignadas da direita, que se apressou a lembrar a polémica provocada pelas declarações de Pedro Passos Coelho.
Em 2011, o então Primeiro-Ministro sugeriu aos professores que o mercado lusófono seria uma alternativa ao desemprego.
Na resposta, António Costa escreveu uma mensagem na rede social Twitter, questionando: "a estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não?".
E afirma, logo de seguida: "Pois.... eu também não apelei à emigração".
Esta terça-feira, em Braga, Jerónimo de Sousa demarcou-se das palavras de Costa em França. O secretário-geral do PCP considerou que "não é a emigração que resolve o problema dos professores. São medidas concretas cá".
"Tendo em conta as necessidades da escola pública, há possibilidade de colocar professores no país".