Jerónimo de Sousa defende que, independentemente do que resultar da concertação social, os 600 euros de salário mínimo vai manter-se como uma bandeira comunista.
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O secretário-geral do PCP afirmou esta terça-feira que a luta do seu partido pelos 600 euros de salário mínimo nacional vai continuar, e manifestou-se convicto de que acabará por triunfar, como aconteceu com o aumento das pensões.
Jerónimo de Sousa transmitiu esta posição aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, na sequência do XX Congresso do PCP, realizado no início deste mês.
"A luta pelos 600 euros de salário mínimo é uma luta para continuar, porque não se esgota em relação a qualquer acordo, entendimento ou posicionamento, seja do Governo, seja de forças sociais", declarou o secretário-geral do PCP.
Jerónimo de Sousa referiu que há cerca de um ano, no debate do Orçamento do Estado para 2016, os comunistas estiveram "sozinhos, totalmente isolados, em relação à necessidade de aumento das pensões e das reformas", mas persistiram nessa reivindicação.
A integração no euro, a renegociação da dívida pública e a banca também foram temas em cima da mesa, mas o secretário-geral do PCP frisou que o seu partido não veio tentar "convencer o senhor Presidente da República" em relação a estes temas.