Acordo entre PSD e CDS na Madeira? "Maioria absoluta está assegurada e com possibilidade de estabilidade governativa"
Em declarações à TSF, o antigo líder parlamentar do PSD Guilherme Silva considera que o entendimento entre o PSD e o CDS na Madeira será alcançado "de forma natural e não conflitual"
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O PSD, que ficou perto da maioria absoluta, e o JPP, segunda força política, foram os vencedores das legislativas antecipadas da Madeira deste domingo, enquanto o PS, agora no terceiro lugar, e o Chega, que perdeu mais votos, saíram derrotados. Em declarações à TSF, Guilherme Silva, antigo líder parlamentar do PSD, que foi sempre eleito deputado pelo círculo eleitoral da Madeira, acredita que os sociais-democratas vão chegar a um entendimento com o CDS na região autónoma, sem qualquer conflito.
"Vai ser um entendimento natural com o PSD, já é um entendimento que vem do passado. São, porventura, apesar de tudo, os partidos mais próximos do ponto de vista ideológico e, portanto, estou ciente de que esta vitória nestes termos, por um deputado, e sendo esse deputado disponível do CDS, a maioria absoluta está assegurada por essa via, de forma natural, não conflitual e com toda a possibilidade de assegurar a estabilidade governativa", afirma à TSF Guilherme Silva.
Para o antigo deputado, os resultados das eleições antecipadas são um reconhecimento do trabalho do PSD na Madeira. "Isto revela uma perceção do povo madeirense para as questões que estavam em causa e reforça o reconhecimento que a população da Madeira tem relativamente ao PSD e àquilo que tem sido a construção da autonomia nestes últimos 50 anos, através dos governos sucessivos, democraticamente eleitos pelos madeirenses", sublinha.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu como certa a continuidade da coligação entre PSD e CDS, apesar de os dois partidos não o terem confirmado na noite eleitoral.
"Os eleitores aparentemente escolheram a solução da estabilidade e não propriamente soluções alternativas", disse o chefe de Estado, em declarações à RTP 3, após o jogo da seleção de Portugal contra a Dinamarca, no Estádio de Alvalade, em Lisboa.
O chefe de Estado evitou fazer leituras entre as regionais e as legislativas nacionais antecipadas de 18 de maio: "As [eleições] da Madeira posso comentar porque já ocorreram. As outras não posso comentar."
Mais de 255 mil eleitores foram no domingo chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira, as quartas antecipadas da região, para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.