Quase 230 mil eleitores açorianos vão às urnas para eleger os 57 deputados da Assembleia Legislativa Regional e determinar quem será o novo Executivo.
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Os Açores escolhem, este domingo, o novo Governo Regional. Os açorianos vão às urnas mais cedo, numas eleições antecipadas depois de Orçamento Regional para 2024 ter sido chumbado e a Assembleia da Região Autónoma dissolvida.
Foi o fim do acordo parlamentar que sustentava o Governo Regional que levou à dissolução do Parlamento e à convocação de eleições antecipadas, pelo Presidente da República.
O Executivo da coligação PSD, CDS e PPM, liderado por José Manuel Bolieiro, tinha um entendimento com o Chega e a Iniciativa Liberal, para haver uma maioria – só que, primeiro, o Chega viu um dos dois deputados que tinha passar a independente e, depois, a Iniciativa Liberal decidiu mesmo abandonar o acordo feito, deixando os partidos da coligação de Governo sem maioria no Parlamento dos Açores.
A Assembleia Legislativa Regional tem 57 lugares, sendo necessários 29 deputados para ter maioria – e, sem o apoio do Chega e dos liberais, a coligação no Governo açoriano tinha apenas 26.
Na verdade, o partido mais votado nas últimas eleições, em 2020, tinha sido o PS, liderado por Vasco Cordeiro, o anterior presidente do Governo Regional, que, ainda assim, conseguiu apenas 25 deputados. Na altura, quem formou Governo não foi o partido mais votado, e isso é algo que pode voltar a acontecer, nestas eleições, se nenhum partido, mais uma vez, conseguir maioria absoluta.
Desta vez, apresentam-se à corrida 10 candidaturas: a do PS, a da Coligação Aliança Democrática (formada por PSD, CDS e PPM), e as do Chega, do Bloco de Esquerda, da Iniciativa Liberal, e do PAN - todos eles, atualmente com representação parlamentar -, além da CDU (a coligação do PCP com o PEV), o Livre, e o ADN. Há ainda forças políticas – o Juntos pelo Povo e a Alternativa 21 – que são candidatas em apenas algumas ilhas, não concorrendo em todos os círculos eleitorais.
Nos Açores, existe um círculo eleitoral por cada uma das nove ilhas e ainda mais um círculo de compensação. Assim, São Miguel elege 20 deputados; a Terceira elege 10; o Pico e o Faial elegem quatro; São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores elegem três; e o Corvo elege dois.
Sobram cinco mandatos que são atribuídos pela compensação, ou seja, aproveita-se os votos dispersos por vários círculos, são todos contados, e distribui-se os cinco deputados, de acordo com o método de Hondt.
Quando o recenseamento eleitoral foi suspenso, em dezembro, estavam recenseados 229.921 eleitores . À data de inalterabilidade dos cadernos eleitorais, no último mês, os eleitores inscritos passaram a ser 229.830, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.