A leitura ainda não é definitiva, mas a tendência aponta para um crescimento da participação dos eleitores açorianos, em relação às últimas eleições regionais.
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Até às 15h00 (16h00 em Lisboa), 34,84% dos eleitores tinham votado nas eleições regionais açorianas, de acordo com os dados oficiais divulgados pela Direção Regional da Organização, Planeamento e Emprego Público.
Quando comparados estes indicadores com os dados registados nas últimas eleições regionais nos Açores, verifica-se uma tendência para uma maior participação dos açorianos no sufrágio.
Nas regionais de 2020, a afluência às urnas às 16h00 era de 32,68%. Agora, em 2024 (e apesar de os dados terem sido divulgados uma hora mais cedo – são referentes às 15h00, e não às 16h00, como em 2020), a afluência foi já de 34,84%, confirmando a tendência de crescimento de votantes, para a qual os dados apontavam já esta manhã (com 13,77% de votantes às 11h, contrastando com os 9,16%, à mesma hora, em 2020).
A leitura destes dados não é ainda definitiva – não há garantias de que a abstenção ficará abaixo da registada nas últimas eleições -, uma vez que as mesas de voto só fecham às 19h00 (20h00 em Lisboa).
Os Açores têm, historicamente, uma alta taxa de abstenção eleitoral. Desde 2008 que esta taxa tem sido sempre superior a 50% e nas últimas eleições de 2020 foi de 54,58%.
São 229.830 os eleitores açorianos inscritos para votar, nestas eleições regionais, sendo que, no último domingo, dia 28 de janeiro, já haviam votado 3049 eleitores, ao abrigo do regime de voto antecipado e em mobilidade.
Os açorianos decidem, este domingo, qual será a nova distribuição política da Assembleia Regional dos Açores, que permitirá depois decidir qual será o novo Governo da Região Autónoma. O Parlamento dos Açores tem 57 lugares, por isso são necessários 29 deputados para alcançar uma maioria.
Desta vez, apresentam-se à corrida 10 candidaturas: a do PS, a da Coligação Aliança Democrática (formada por PSD, CDS e PPM), e as do Chega, do Bloco de Esquerda, da Iniciativa Liberal, e do PAN - todos eles, atualmente com representação parlamentar -, além da CDU (a coligação do PCP com o PEV), o Livre, e o ADN. Há ainda forças políticas – o Juntos pelo Povo e a Alternativa 21 – que são candidatas em apenas algumas ilhas, não concorrendo em todos os círculos eleitorais.
Nos Açores, existe um círculo eleitoral por cada uma das nove ilhas e ainda mais um círculo de compensação. Assim, São Miguel elege 20 deputados; a Terceira elege 10; o Pico e o Faial elegem quatro; São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores elegem três; e o Corvo elege dois.
Sobram cinco mandatos que são atribuídos pela compensação, ou seja, aproveitam-se os votos dispersos por vários círculos, são todos contados, e distribui-se os cinco deputados, de acordo com o método de Hondt.