Adjunta do ministro das Finanças decide não assumir funções por ser acusada de fraude num caso em julgamento
A ex-deputada do PSD tinha sido escolhida para integrar o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento.
Corpo do artigo
Patrícia Dantas, ex-deputada do PSD e convidada para ser adjunta do ministro das Finanças, decidiu não assumir funções por estar a ser acusada de um crime de fraude num caso em julgamento, avançou a SIC Notícias e confirmou a TSF.
“Na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças”, refere o comunicado do Ministério das Finanças, citado pela SIC Notícias.
O jornal Correio da Manhã escreve que Patrícia Dantas, acusada num processo judicial, já em fase de instrução, de um crime de fraude na obtenção de subsídio, seria a nova adjunta do ministro de Estado e das Finanças, Miranda Sarmento. Patrícia Dantas é uma das 120 acusadas de um mega processo em que há suspeitas de emissão de faturas falsas para obtenção de fundos europeus, entre 2008 e 2013.
Patrícia Dantas foi deputada pelo PSD, eleita pela Madeira. Entrou para a política em 2017, o mesmo ano em que este processo começou. Nessa altura, há sete anos, trabalhou com Pedro Calado, detido este ano no caso de corrupção na Madeira. Foi deputada pela região entre 2022 e 2024 e fez parte da Comissão de Inquérito à TAP. Entretanto, o julgamento prosseguia, com a deputada a suspender o mandato cada vez que tinha de ir a tribunal.
