Aguiar-Branco avisa que AR "não é casa dos cenários e comentários" e pede entendimentos para dar o exemplo
O novo presidente da Assembleia da República considera que o imbróglio que levou à sua eleição é um sinal de que "não devemos desistir da democracia".
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O novo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, avisou que o Parlamento "não é casa dos cenários e comentários" e disse ter interpretado a falta de entendimento de terça-feira como um sinal de que "não devemos desistir da democracia".
"Esta não é a casa dos cenários, é a casa das políticas que, no concreto, afetam os portugueses. Sei bem do trabalho que aqui é feito, também sei que o problema é, em grande parte, nosso, de todos nós. As comissões parlamentares de inquérito são uma parte importante, mas não podem ser o principal cartão de visita desta casa. O Parlamento é mais do que isso", alertou Aguiar-Branco.
O social-democrata pediu também entendimentos, para que se possa dar o exemplo.
"Sei que não se elege o presidente da Assembleia da República para gostar mais ou menos do que é dito neste plenário ou para gostar mais ou menos de quem o dia. Sei e aceito a exigência de imparcialidade e rigor que todos esperam de mim e compreendo a natureza da função que hoje assumo. Se é verdade que o regimento da assembleia se aplica a 230 deputdos, a lealdade do presidente da AR aplica-se para com todos os 229 deputados. Por uma razão simples: se não somos capazes de nos entender na caasa de democracia, que exemplo estamos a dar para fora?", questionou o novo presidente da AR.