Nome do novo chefe do executivo vai ser apresentado em breve para que seja formada uma nova equipa governativa. Manuel António Correia, apontado à sucessão, é para já apenas um nome "de grande qualidade".
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O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, vai sair já da liderança do executivo, adiantou o Expresso e confirmou a TSF, e a coligação PSD/CDS na Madeira vai apresentar, em breve, o nome do sucessor.
"Não há razão para que haja lugar a eleições de imediato. Há uma solução institucional possível e adequada que é, uma vez que o presidente do governo se demite, cai o governo todo e é indicado um novo elemento por parte da coligação PSD/CDS ao representante da República para ser empossado como presidente do Governo e apresentar o seu elenco governativo", explicou à TSF o antigo líder parlamentar do partido, Guilherme Silva.
Apresentados os novos nomes, e depois de tomarem posse, o Governo "apresenta o seu programa na Assembleia", esperando-se a aprovação deste, "o que se traduz numa moção de confiança".
Completado esse passo, o novo Governo apresentará "um orçamento, que poderá ser naturalmente baseado no anterior, com atualizações".
A cumprir-se esta intenção social-democrata, Miguel Albuquerque sai do cargo ainda antes da aprovação de qualquer novo orçamento, o que só deveria acontecer na próxima semana.
O Expresso escreve que a decisão foi tomada numa reunião do Executivo madeirense realizada esta manhã e que Miguel Albuquerque concordou com o líder do CDS/Madeira, Rui Barreto, acedendo a que o melhor seria indicar a curto prazo um substituto.
O nome de Manuel António Correia, que perdeu para Albuquerque as eleições no PSD/Madeira em 2015 e é agora vogal na comissão política, tem vindo a ganhar força para assumir a sucessão, mas Guilherme Silva não o indica como mais do que um nome "de grande qualidade" entre os quadros.
"Não é aí que reside a dificuldade, a dificuldade nestas coisas é normalmente encontrar-se um consenso à volta de um determinado nome", aponta, "mas felizmente há militantes qualificados" para servir os madeirenses.
Em relação à posição do CDS, Guilherme Silva defende que esta foi "ditada exclusivamente pela circunstância de Miguel Albuquerque ter sido recebido pelo representante da República e ter resultado desse encontro a ideia de ir refletir, com o restante Governo e partidos da coligação, se deveriam avançar para a discussão do orçamento pendente".
Perante este cenário, o CDS madeirense quis deixar claro que "não estava de acordo com esse caminho, mas sim com a solução que vai adotada, a de ser constituído um novo governo com indicação de um novo Presidente, que poderá constituir a sua equipa".
Nestas declarações à TSF, Guilherme Silva deixou também críticas ao "andar a fazer cair governos por razão do exercício da ação judicial, que é respeitável, mas tem o seu espaço próprio".
Para o social-democrata, repercussões como "pôr em causa instituições que estão preenchidas, nas suas várias vertentes, por via eleitoral" não são desejáveis porque "põem em causa os princípios elementares da democracia, estabilidade e Estado de Direito".
Assim, defende, a ação judicial deve ser tomada "com recato e não com espetáculos circenses", reservando o peso mediático "para os resultados".
