As férias foram grandes, Rui Rio chegou a ser criticado mesmo dentro do partido, mas no dia do regresso falou sobre o novo partido de Santana Lopes.
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Rui Rio garante que a saída de Pedro Santana Lopes do PSD, tal como o desafio à liderança de Pedro Duarte ou as críticas de militantes como Carlos Carreiras não justificavam que o líder tivesse interrompido as férias.
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No regresso de uma ausência de 31 dias, o líder social-democrata foi questionado sobre o novo partido de Santana Lopes, Aliança, mas não mostrou estar preocupado com a concorrência partidária.
"Se o PSD quiser ganhar eleições não é na direita, não é a combater a Aliança ou o CDS para lhes ir buscar 1 ou 2%, não é aí que ganha. Onde ganha é ao centro, particularmente onde está a abstenção, é no universo de 20, 30, 40% de eleitores que não votam, são eleitores de centro, moderados, não são pessoas de muito à esquerda nem muito à direita", explica o presidente do PSD.
Desta forma, Rio acredita que este é no "espaço da social-democracia onde está o potencial de ganho e vitória do PSD", desvalorizando o partido que Santana Lopes acaba de criar.
Rui Rio brincou ainda com as questões dos jornalistas, frisando que quase se entrou "numa sessão de psicoterapia" mas ressalvou que não está "zangado" com Santana, nem vai ficar.
"Santana Lopes há muito tempo que alimentava esta ideia e esta esperança, não vejo como uma coisa tática de repente, vejo mais a realização não sei se de um sonho mas de uma ideia que tinha há muitos anos", recordou o líder do PSD que ainda há pouco tempo prometia uma união com o adversário das diretas dos social-democratas.