Rui Rio salienta que o acordo de Concertação Social tem uma "força muito grande". "Votamos com as nossas convicções", assinala o líder social-democrata. Lei chega ao parlamento a 6 de julho.
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O presidente do PSD, Rui Rio, antecipou, esta quinta-feira, a concordância do partido com as alterações à legislação laboral acordadas na quarta-feira em Concertação Social, considerando que um acordo entre entidades patronais e sindicatos "tem uma força muito grande".
O Governo e os parceiros sociais, à exceção da CGTP, assinaram na quarta-feira um acordo na Concertação Social sobre as alterações à legislação laboral, tendo os jornalistas perguntado a Rui Rio - à saída de um encontro, em Lisboa, com a chanceler alemã, Angela Merkel - se o PSD iria viabilizar estas medidas quando a proposta de lei for a votação no parlamento, a 6 de julho.
"Eu ainda não estou em condições de ser perentório porque o acordo não é tão curto assim. Agora posso-lhe dizer uma coisa: um acordo que sai assinado, quer pelas entidades patronais, quer pelos sindicatos, designadamente neste caso a UGT, isto tem uma força muito grande", começou por responder.
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Segundo o presidente do PSD, a probabilidade de o partido concordar "com o acordo é muito, muito elevada" tendo em conta o respeito pela Concertação Social. "Se os dois lados principais se entendem, nós temos uma enorme tendência a respeitar aquilo que lá foi acordado", explicou.
De acordo com Rio, pode haver "um ponto ou outro" que o PSD possa vir a questionar, mas adiantou: "Nós votamos pelas nossas convicções e a nossa convicção é que a Concertação Social é importante". E insistiu: "Se os principais parceiros da Concertação Social estão de acordo, para nós é um elemento muito, muito positivo e que merece todo nosso apreço e respeito".
À saída da reunião da Concertação Social, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, considerou ser "um bom acordo para o país" e manifestou-se "convicto" de que as alterações ao Código do Trabalho acordadas entre a maioria dos parceiros terão um "amplo consenso" no parlamento, onde a discussão está agendada para 06 de julho.
"Não foi um acordo fácil de atingir, dadas as matérias e os objetivos, mas creio que terá um impacto positivo na vida dos portugueses", disse Vieira da Silva.