"Não podemos ser cúmplices do inaceitável". Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro criticam o CDS e o PSD terem votado ao lado do PCP, para chumbar a condenação dos ativistas angolanos.
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Num artigo conjunto, no jornal "Público", os dois centristas assumem "o choque, a surpresa e a vergonha". Os dois históricos do CDS sublinham que bastava a abstenção do partido para o voto ter passado.
E por isso, entendem que o gesto dos centristas é impossível de explicar e compreender.
Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro escrevem que "não se pode confundir as coisas", não se podem baralhar conceitos, "sobretudo em questões fundamentais e momentos definidores".
Falam por isso, "naquele dia triste em São Bento". É o titulo do artigo, para dizer que a Assembleia da República falhou, porque o que aconteceu "mostrou falta de princípios e valores".
Os dois históricos do CDS elogiam o Ministro dos Negócios Estrangeiros, por ter "encontrado o equilíbrio na reação à condenação dos jovens angolanos".
Elogiam também a posição do PS e Bloco de Esquerda, "por terem revelado pragmatismo", mas acusam os partidos que votaram contra - CDS, PSD e PCP - de "uma intenção propositada de chumbar tudo".
E quanto a esse gesto, Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro, confessam o choque e em boa verdade, também vergonha, sublinhando que "não podemos ser indiferentes", quando estão em jogo valores como o humanismo e a democracia.