Em Haia, António Costa desvalorizou a recente troca de correspondência com Bruxelas. O primeiro-ministro diz que são "tecnicalidades orçamentais" e que a nível político "nada se passa".
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O chefe do governo português diz que recebeu, esta quinta-feira de manhã, um telefonema do comissário europeu, Pierre Moscovici, que lhe assegurou que "a nível político nada se passa, tudo se passa a nível técnico".
António Costa diz acreditar que não existe "nenhum problema sério" e remete para os técnicos do Ministério das Finanças e na Comissão Europeia "esclarecer essas tecnicalidades".
O primeiro-ministro diz que não está "apoquentado" e afirma que "em função dos resultados far-se-á o que for necessário fazer".
Costa respondia a perguntas dos jornalistas, depois de um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.
César admite "correções" mas quer "aproximação" de Bruxelas
Em Lisboa, no final da reunião do grupo parlamentar do PS, Carlos César sublinhou que o governo não pode ter uma posição "inamovível" e disse acreditar que haverá "uma aproximação de posições". Seja pela introdução de "correções" como pela "aproximação" da Comissão Europeia da posição portuguesa.
Estas declarações seguem-se a notícias sobre a eventualidade de as primeiras contas da Comissão Europeia apontarem para um défice de 3,4% em vez dos 2,6% estimados pelo governo no esboço de Orçamento de Estado para 2016.