Na Covilhã, o líder socialista colocou a saúde e o SNS no topo da agenda e avisa que "faltam 15 dias" para afirmar que na "nossa democracia não há lugar à mentira"
Corpo do artigo
"Um das razões fundamentais pela qual é necessário derrotar a coligação, é porque é fundamental afirmar que na nossa democracia não há lugar à mentira e que só há lugar à política de verdade e com os portugueses", disse António Costa.
Num almoço com militantes e simpatizantes, o secretário-geral socialista insistiu nas críticas feitas à coligação PSD/CDS-PP, acusando o atual governo de ter falhado à promessa de atrair mais médicos para o interior do país.
Referindo-se ao "sistema de incentivos à fixação" de médicos nas regiões mais carenciadas, anunciado pelo governo, Costa acusou o executivo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas de não ter conseguido criar condições para que os profissionais possam trabalhar no interior.
"Até eu tenho a ingenuidade de acreditar naquilo que ouço o governo anunciar", gracejou.
E acrescenta: "É um governo que acha sempre que basta governar para enganar. Governar é encontrar soluções e resolver problemas".
O secretário-geral do PS avisa, por isso, que "faltam hoje 15 dias" para que os portugueses tenham oportunidade de "dizer na cara" ao governo "o que cada um pensa".
E reforça o apelo ao voto: "Eu só tenho a dizer uma coisa: com o meu voto contam, mas é na soma de todos os votos que resultará a grande vitória que vamos ter no dia 4 de outubro".
Para além de António Costa, também Hortense Martins, deputada e cabeça de lista por Castelo Branco, acusou a coligação PSD/CDS-PP de desconhecer o "país real" e de fazer "malfeitorias".
Antes, já Eurico Brilhante Dias, ex-membro do secrtariado nacional de António José Seguro e atual número dois do PS no círculo eleitoral de Castelo Branco, tinha dado o mote: "Vamos fazer de António Costa o primeiro-ministro de Portugal!".
Num almoço com perto de 400 militantes e simpatizantes, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, foi o primeiro a falar e deixou o apelo ao líder socialista: "Livra-nos deste desgoverno e desta dupla Passos-Portas. Esta dupla só sabe conjugar três verbos: desmantelar, aumentar e cortar".
O autarca sublinhou que foram os governos socialistas que "trouxeram a A-23 ou o gás natural" para a Covilhã" e mostrou-se confiante de que, com um governo PS, poderá ser recuperado o Teatro Municipal da Covilhã ou a linha férrea entre a Covilhã e a Guarda.