O primeiro-ministro respondeu, na noite deste sábado, nos Açores, às declarações de PCP e BE, que admitem que negociar o Orçamento de Estado para 2019 vai ser mais difícil.
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recusou, este sábado, pressões sobre os comunistas relativamente ao Orçamento do Estado para 2019, frisando que não assinam "cheques em branco".
O secretário-geral do PCP diz não querer "fazer juízos de valor", porque "o processo encetou-se agora", nas negociações entre os comunistas e o Governo, estando ainda numa "fase muito inicial", sem que haja uma proposta de Orçamento.
"Continuamos a assumir o compromisso que temos, que é o exame comum da proposta de Orçamento, e, naturalmente, será perante o produto acabado que agiremos em conformidade e determinaremos o nosso sentido de voto", acrescentou.
Também o Bloco de Esquerda (BE) admitiu, este sábado, que as negociações com o Governo para o próximo Orçamento do Estado serão mais tensas, lembrando o Partido Socialista que não governa com maioria absoluta.
"Ninguém esconde que este é um ano mais tenso para negociações para o Orçamento do Estado, até porque tem sido precedido de algumas ações do Governo que mostram uma certa tendência para o PS pensar que governa em maioria absoluta, facto que não se verifica, de facto, matematicamente", afirmou a dirigente do BE Mariana Mortágua.
Nos Açores, onde se juntou ao Presidente da República, na véspera do Dia de Portugal, António Costa afirmou que "ano após ano, as negociações têm corrido bem. Tem sido possível sempre construir bons orçamentos, que têm assegurado não só a estabilidade, como bons resultados económicos".
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Questionado se está preocupado com as palavras dos dirigentes Bloco de Esquerda e do PCP, que admitem que as negociações para os Orçamento de Estado para 2019 vão ser mais difíceis, António Costa respondeu que "cada ano é um ano. Aquilo que temos de continuar a assegurar é aquilo que temos conseguido ao longo dos últimos dois anos e meio, que é que as famílias tenham mais rendimento disponível, que as empresas tenham melhores condições para investir, que as nossa finanças públicas estejam cada vez mais sólidas e ao mesmo tempo que o país continue a crescer, a convergir com a União Europeia, e a criar emprego com estabilidade e prosperidade".