Natalidade e valorização da zona marítima e do interior são os desafios apontados pelos primeiro-ministro para o ano de 2019. António Costa defendeu que "ainda temos muito para continuar a melhorar".
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"Não me iludo com os números." A dado passo da mensagem de Natal, transmitida no dia de Natal, o primeiro-ministro diz saber que apesar dos avanços que encontra na situação do país, ainda há investimentos que é preciso realizar, por exemplo, nos serviços públicos, e na Administração Pública.
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"Temos mais 341 mil empregos criados, mas há ainda muitas pessoas a procurar emprego; os rendimentos têm melhorado, mas persistem níveis elevados de pobreza; já conseguimos assegurar médico de família a 93% dos cidadãos, mas há ainda 680 mil portugueses que aguardam pelo seu médico de família. Ou seja, estamos melhor, mas ainda temos muito para continuar a melhorar", defende António Costa.
"Há, pois, que prosseguir com ambição e determinação esta política de responsabilidade e equilíbrio para continuar a melhorar a vida de todos em Portugal. Mas temos de querer fazer mais e melhor", avisando que o caminho deve ser feito "sem deixar de se eliminar o défice e de continuar a reduzir a dívida - condições da credibilidade internacional reconquistada e que é fundamental para reduzir os juros que Estado, empresas e famílias pagam".
Para o primeiro-ministro, "a primeira condição é dar continuidade às boas políticas que têm permitido ao país alcançar bons resultados".
Depois de, no ano passado, António Costa ter escolhido o emprego como grande prioridade agora o primeiro-ministro diz que é preciso consolidar aquilo que foi conseguido e avançar mas sem descurar o rigor orçamental.
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O primeiro-ministro estabelece como prioridades para 2019 :a promoção da natalidade o aproveitamento do território tanto no interior como da zona marítima para "o pleno aproveitamento do território, valorizando os recursos desaproveitados"
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"O segundo grande desafio é o demográfico, que não podemos resolver só com a imigração. É absolutamente essencial que os jovens sintam que têm em Portugal a oportunidade de se realizarem plenamente do ponto de vista pessoal e profissional, e assegurar uma nova dinâmica à natalidade", diz o Primeiro-Ministro para quem "a nova geração de políticas de habitação, as novas políticas de família com aumento do abono para as crianças, o alargamento da rede de creches, a universalização do pré-escolar ou a diminuição do custo dos transportes públicos procuram criar melhores condições para a autonomização dos jovens".
Costa elegeu como patamar a atingir a "clara melhoria das suas perspetivas de realização profissional. Menos precariedade, salário justo, expectativa de carreira, possibilidade de conciliação com a vida pessoal e familiar"
"O país não se pode dar ao luxo de perder a sua geração mais qualificada de sempre e, por isso, não desistimos de criar as melhores condições de incentivar o regresso de quem no passado partiu", conclui.
"Os desafios são grandes, aliciantes e mobilizadores. Portugal está melhor porque os portugueses vivem melhor, mas temos muito trabalho pela frente. Não desvalorizo o muito que em conjunto já conseguimos, nem ignoro o que temos e podemos continuar a fazer para termos um país mais justo, com mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", sublinha António Costa.
"Também quero, neste dia de Natal, enviar uma palavra de reconhecimento aos militares das Forças Armadas e aos elementos das forças de segurança que estão longe das suas famílias. E ainda uma atenção especial para aqueles que, esta noite, estão a trabalhar em empresas ou serviços públicos de laboração contínua, como os hospitais", diz também Costa nesta mensagem de Natal.
https://www.youtube.com/watch?v=FIP6t1t8pQc