Começam hoje as eleições diretas que devem eleger António Costa para um terceiro mandato à frente do PS. Daniel Adrião volta a ser o único adversário na candidatura à liderança dos socialistas.
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Dois anos depois das ultimas diretas, António Costa prepara-se para ser reeleito como secretário-geral do PS. Nestas eleições, que se realizam durante dois dias, o atual líder do partido volta a encontrar Daniel Adrião, um dos membros da comissão politica socialista e o candidato que, apesar de o ser, até considera António Costa como a melhor escolha para primeiro-ministro.
Ainda assim, o candidato não poupa, no entanto, nas criticas à forma como António Costa "não tem conseguido "cumprir por inteiro as suas responsabilidades" como secretário-geral do partido.
Na candidatura à liderança do PS, Daniel Adrião apresenta a moção de estratégia intitulada "Reinventar Portugal", com a qual propõe, por exemplo, a realização de eleições primárias abertas para todos os candidatos a titulares de cargos políticos.
Já António Costa, que quer que o próximo Congresso Nacional do partido sirva sobretudo para "discutir o futuro", avança com a moção estratégica "Geração 20/30", um texto assente em quatro eixos centrais: o combate às desigualdades, o desafio demográfico, as alterações climáticas e a sociedade digital.
Em 2016, o atual secretário-geral do PS foi reeleito com 95,3% dos votos - contra 2,8% de Daniel Adrião -, numas eleições em que participaram mais de 63,8% dos perto de 40 mil militantes com capacidade eleitoral. Agora, dois anos depois, são mais de 51 mil aqueles que se preparam para reeleger António Costa.
Além das eleições para o cargo de secretário-geral socialista, os militantes do PS são ainda chamados a eleger 1851 delegados ao Congresso Nacional, que se realiza entre 25 e 27 de maio, na Batalha - um número superior aos 1763 eleitos no ultimo ato eleitoral.
As eleições diretas do PS realizam-se hoje e amanhã nas várias federações socialistas. As urnas só vão fechar ao início da noite deste sábado.