Catarina Martins sobe ao palco para o discurso de encerramento da XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda.
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O Bloco de Esquerda está pronto para ser Governo. É a garantia de Catarina Martins no discurso de encerramento da XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, depois de, no discurso de abertura, ter decretado a "morte ao voto útil".
"Saímos daqui com certeza: quando amanhã regressarmos à nossa atividade, estaremos mais preparados, mais fortes."
"Não nos perguntem se queremos fazer parte do próximo governo que ainda não foi eleito, porque temos a certeza de que alcançaremos a força para ser parte de um governo quando o povo quiser", sublinhou a coordenadora bloquista.
Negociações de ganhar o céu
Foram dois anos duros, diz Catarina Martins - "negociar com tantos ministros às vezes são conversas que davam para ganhar o céu" - mas os próximos anos vão "exigir muito mais".
"Tivemos até momentos difíceis nesta legislatura. Houve negociações prejudicadas por interesses económicos ilegítimos, houve desacordos sobre acordos, mas só houve um momento em que a legislatura esteve em risco: quando o Governo decidiu compensar os patrões pela subida do salário mínimo com uma redução da TSU, a contribuição da empresa para a segurança social", admitiu.
"Nós levamos muito a sério a nossa palavra. Queríamos e conseguimos o aumento do salário mínimo, mas não damos com uma mão para tirar com outra. É por isso mesmo que gostamos dos contratos assinados, e ainda bem que o Governo aceitou uma solução alternativa, manteve a TSU e aumentou o salário mínimo nacional", assegurou.
Chegou o presente
Catarina Martins não poupa nas críticas para Assunção Cristas, que responsabiliza pelos despejos, Maria Luís Albuquerque e Pedro Passos Coelho, que "espera o dia de nevoeiro para desembarcar no Terreiro do Paço". T odos são vaiados pela plateia.
"Mas o diabo não apareceu". E "a Comissão Europeia teve de recuar nas sanções, mas não nos esquecemos que se tentou impor".
A "direita só pensa no passado e regressar ao passado para empobrecer Portugal, mas é bom que saibam que já chegámos ao presente."
Nos próximos anos, Catarina Martins quer pôr em prática cinco reformas estruturais: Aprovar a Lei de bases da saúde em 2019; combater as desigualdades sociais; combater as alterações climáticas; nacionalizar setor energético e a banca; promover a transparência.
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Está encerrada a XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda. Cada delegado carregou a sua cadeira e a mesa onde estava sentado. Em minutos a sala estava arrumada.
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