Assis assume estar "absolutamente convencido" de que Seguro vai avançar para corrida a Belém, independentemente da posição do PS
"Não creio que a posição do PS apoiar ou não seja neste momento determinante em relação à decisão que ele vai tomar. E acho bem", declara Francisco Assis, que acredita que António José Seguro será capaz de reunir o apoio de "muita gente"
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O eurodeputado socialista Francisco Assis assume estar "absolutamente convencido" de que a candidatura de António José Seguro às eleições presidenciais de 2026 vai avançar, independentemente da posição do PS.
Na sexta-feira, o antigo secretário-geral do PS António José Seguro adiantou que "quer e pode" ser candidato à presidência da república, mas ressalvou que ainda está a "ponderar" se deve ou não avançar. Confrontado com estas declarações, Francisco de Assis fala num caminho "quase inevitável".
Estou absolutamente convencido de que dessa ponderação vai resultar, quase inevitavelmente, a conclusão de que deve. E, por isso, estou plenamente convencido de que ele vai ser candidato [à presidência da república].
Em declarações no expresso da meia-noite de sexta-feira, na SIC Notícias, o histórico socialista assinala que Seguro assumidamente "não é o candidato do PS". Ainda assim, acredita que, após a sua eventual candidatura à corrida a Belém, vai conseguir reunir o apoio de "muita gente", incluindo da ala política mais ligada ao centro.
"Estou convencido de que, no dia a seguir à apresentação da sua candidatura, vai haver muita gente do PS e da área da esquerda democrática e até do centro — creio que é uma pessoa que entra bastante bem nalgumas zonas do centro da vida política portuguesa — que lhe vai declarar apoio", afirma.
Sublinhando que António José Seguro tem uma "identidade política e ideológica bem conhecida", adianta que vai caber depois ao partido dizer "o que pensa" sobre a candidatura. Esta será, contudo, uma posição que, na opinião de Francisco Assis, não terá relevância para a tomada de decisão do antigo líder do PS.
"Não creio que a posição do PS apoiar ou não seja neste momento determinante em relação à decisão que ele vai tomar. E acho bem", declara.
O socialista António José Seguro voltou a remeter uma decisão para o final da primavera, argumentando que é preciso "fazer uma avaliação do papel do próximo Presidente da República", sobretudo numa altura em que a conjuntura política "se alterou".