Associação acredita que experiência de Jorge Nobre de Sousa pode ser "mais valia" para resolver problemas na Marinha
À TSF, o presidente da Associação Nacional dos Praças das Forças Armadas dá um voto de confiança ao vice-almirante, nomeado chefe do Estado-Maior da Armada
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O presidente da Associação Nacional dos Praças das Forças Armadas, Paulo Amaral, disse esta quarta-feira, em declarações à TSF, que espera que os muitos anos de experiência permitam ao vice-almirante Jorge Nobre de Sousa ter os conhecimentos necessários para resolver os problemas na Marinha.
“Já tem cerca de quarenta anos de serviço na Marinha, portanto irá colocar ao serviço da marinha toda a experiência acumulada ao longo destes anos todos. Isso é sempre uma mais-valia", disse Paulo Amaral.
“Traz um conhecimento enorme, também para ir tentativamente resolvendo alguns problemas que ainda possam existir”, acrescentou, apontando “a carreira pouca atrativa” da praça da Marinha.
“Não temos nenhuma promoção por diuturnidade no quadro permanente. Temos três postos apenas numa carreira com cerca de trinta e seis anos, os primeiros marinheiros demoram muito tempo a ser promovidos a cabo e isso traz constrangimentos enormes”, sublinhou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta terça-feira que Jorge Nobre de Sousa vai substituir Henrique Gouveia e Melo, que tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021 e manifestou-se indisponível para um segundo mandato.
O almirante Gouveia e Melo, cujo nome surge entre os potenciais candidatos às eleições presidenciais de janeiro de 2026, vai passar à reserva logo após o fim do seu mandato, na próxima sexta-feira.
Jorge Manuel Nobre de Sousa assumiu o cargo de 2.º Comandante Operacional das Forças Armadas em julho de 2022, e dirige o Comando Conjunto para as Operações Militares.
Nascido em 1963, ingressou na Escola Naval em 1981, e foi promovido a aspirante em 1987.
Ao longo da sua carreira, o vice-almirante integrou inúmeras missões, nomeadamente da NATO, e exerceu várias funções, entre elas, a de Subchefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares, comandante naval, Chefe do Estado-Maior do Comando Naval, prestou serviço na Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada e foi também comandante do Corpo de Fuzileiros.
Já recebeu várias condecorações, tendo sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, em 2009, que se destina a premiar altos serviços militares.