Líder centrista não revela pormenores do acordo de princípio para as autárquicas que é assinado esta terça-feira e diz que o caminho pós-eleições será feito "passo a passo".
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Em dia de jantar de natal do partido - mas também de comemoração dos 40 anos de Poder Local -, Assunção Cristas não fugiu ao tema das autárquicas. A líder do CDS-PP diz que é preciso reproduzir, e sem aspirações mínimas, o trabalho feito nas câmaras já conquistadas pelo partido.
"Temos alguns locais onde devemos ter uma ambição máxima e, de facto, de conquistar uma câmara e de replicar o trabalho feito em Ponte de Lima, em Vale de Cambra, em Albergaria, em Velas ou em Santana", disse, defendendo "realismo" e admitindo que o desafio de assumir a candidatura à liderança da capital foi ambicioso: "Não fomos modestos, é um facto".
Durante o arranque da candidatura, Assunção Cristas já tinha garantido que, caso não vença as eleições autárquicas de 2017, será vereadora da Câmara Municipal de Lisboa - pelo menos até às próximas legislativas. No jantar, perante militantes e dirigentes, a presidente do CDS-PP sublinhou que, no período pós-eleições, tudo será definido a seu tempo.
"Para quem se preocupa em como é que fica o resto, e depois afinal o Governo, e isto e aquilo, meus amigos: passo a passo. O que temos agora à nossa frente é o desafio autárquico", afirmou, no jantar em Lisboa.
Já quanto às batalhas mais imediatas, Assunção Cristas promete continuar a luta, pouco hostil, ao executivo socialista, definindo o trabalho feito pelos centristas como uma "oposição construtiva".
"O tempo dará resposta positiva à persistência e premiará quem faz política de verdade, quem se preocupa em trazer verdade para a política e quem se preocupa não apenas em destruir, mas sempre em construir uma alternativa", defendeu
Esta terça-feira, numa cerimónia em Lisboa, CDS-PP e o PSD formalizam o acordo de princípio para as coligações autárquicas.
Elogio a Guterres
A líder do CDS quis ainda felicitar António Guterres enquanto secretário-geral das Nações Unidas.
"Devemos ficar honrados quando vemos um português a assumir um desígnio de Secretário-Geral das Nações. Obviamente, não sendo da nossa família política, é do nosso país, é um nosso compatriota e sabemos que a agenda daquilo que é a voz de Portugal no mundo poderá agora ter mais ecos".