Os ativistas climáticos estão em protesto na sede desta noite eleitoral da Aliança Democrática.
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O hotel Epic Sana Marquês, que este domingo está a ser a sede da noite eleitoral da Aliança Democrática, foi atacado com tinta vermelha por ativistas climáticos. Logo após o ataque, quatro ativistas foram detidos pela PSP.
Enquanto isso, membros da Juventude Social Democrata gritaram por Luís Montenegro e pediram prisão para os ativistas. Dentro do hotel, os social-democratas ficaram estupefactos, sem saber o que se estava a passar.
Os seguranças do hotel fecharam de imediato as portas que dão para o exterior, onde um grupo das juventudes partidárias dos sociais-democratas e democratas-cristãos cantava o hino da campanha, enquanto os ativistas protestavam.
O ataque foi entretanto reivindicado pelo grupo Climáximo, que justificou o protesto com o facto de uma possível vitória da AD não acabar com o "caos climático".
"O coletivo por justiça climática fez um protesto na noite eleitoral para manifestar que qualquer novo Governo rejeita travar o caos climático, como se torna evidente pela leitura dos programas políticos disponíveis. O Climáximo afirma que 'travar o caos climático não esteve nas urnas e não estará no próximo governo que, com mandato de 2024 a 2028, decide reiterar a guerra contra o planeta e a as pessoas. Cabe às pessoas travá-los'", lê-se no comunicado do Climáximo.
Para os ativistas, a vitória da AD representa a "ascensão do negacionismo climático" do poder.
"Com alianças que negam a crise existencial em que vivemos e que reiteram a guerra ao conjunto da humanidade, quer através da crise climática, quer da perseguição de minorias e encerramento das sociedades atrás de muros de ódio e violência", acrescenta a mesma nota.
Na sala, apesar da aparente vitória, não se veem muitos ilustres do partido e o clima, apesar de festa, não está efusivo como quanto, neste mesmo local, Carlos Moedas venceu a Câmara Municipal de Lisboa.