Porque "não podemos fazer tudo e de uma só vez e neste momento não temos margem para isso", explica à TSF o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
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A greve é um direito e o Governo respeita-o. Mas, ceder à reivindicação dos juízes sobre os aumentos salariais, não vai ser possível, pelo menos para já.
Pedro Nuno Santos faz um balanço positivo das negociações entre a ministra da Justiça e os juízes. Lembra que o único ponto onde não foi possível chegar a acordo foi em relação "a aumentos salariais" e avisa que "se isso não é possível em mais nenhuma área, também não era justo que fosse nesta."
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Quanto à greve convocada para outubro, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares reconhece que "é um direito e este Governo respeita muito isso". Se pode ou não colocar em causa a validação dos resultados autárquicos, Pedro Nuno Santos espera "que não" e recorda que o Governo continua disponível para negociar com todos. Desde que a única condição não sejam os aumentos salariais porque "não podemos fazer tudo e de uma só vez e neste momento não temos margem para isso."
OE2018 vai ser o mais fácil
O Orçamento do Estado para 2018 vai ser o mais fácil de todos a negociar. A convicção do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares surge a poucos dias do retomar das negociações entre o Governo e os parceiros à esquerda, interrompidas pela tragédia de Pedrógão Grande. "Não tenho dúvidas que este processo orçamental vai ser mais fácil que os dois anteriores", assegura o secretário de Estado, acrescentando que "o resultado será bom para os portugueses."