Aumento da insegurança? Ventura agenda debate de urgência e desafia Marcelo a convocar Conselho de Estado
Ventura lembra que, noutros tempos, o atual Presidente tomava a palavra para discutir “todos os temas”
Corpo do artigo
Para falar sobre um suposto aumento da violência em Portugal, André Ventura não perde nenhuma oportunidade. E depois do tiroteio em Viseu, que fez uma vítima mortal, o líder do Chega pede que o Parlamento discuta com urgência a questão da segurança já a 07 de janeiro. Também o Presidente da República deve pronunciar-se, na opinião de Ventura, que desafia Marcelo Rebelo de Sousa a convocar um Conselho de Estado para discutir o assunto.
Apenas o Presidente da República pode convocar o Conselho de Estado, mas André Ventura enviou uma carta para o Palácio de Belém em forma de apelo. Lembra que, noutros tempos, o atual Presidente tomava a palavra para discutir “todos os temas”.
Para o debate de urgência, André Ventura não apresenta, para já, medidas concretas, quer apenas lançar a discussão em forma de “alerta ao poder político” para que seja aprovado “um pacote contra a insegurança”. Desde “o combate às armas ilegais, passando por um aumento de penas para crimes relacionados com o crime organizado, como o tráfico de droga ou o tráfico de seres humanos”.
Já Marcelo deve ouvir, na opinião do líder do Chega e conselheiro de Estado, “as forças vivas da sociedade sobre o que se passa em Portugal em matéria de segurança”. Ou seja, convocar o Conselho de Estado “que tem reunido por tudo e mais alguma coisa”.
“É tempo de o mais alto magistrado da nação, que noutros momentos falou sobre tudo e mais alguma coisa, tenha a coragem, mesmo que não seja politicamente correto, de dizer aos portugueses que vivemos tempos de insegurança”, desafiou Ventura.
“Tempos de insegurança”, na opinião de André Ventura, apesar de os indicadores colocarem Portugal como "um dos países mais seguros do mundo", como já admitiu o primeiro-ministro. Também Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua merecem menção de Ventura, por “estarem calados quando antes criticaram as forças de segurança”.
“Onde é que anda hoje o líder do PS? Ou não sabe o que aconteceu? Eu não sei o que é que anda a fazer o secretário-geral do PS hoje, não sei mesmo. Mas gostava que ele dissesse alguma coisa. Já que foi tão rápido ir ao Martim Moniz almoçar com os líderes da comunidade do Bangladesh”, criticou.
André Ventura deixa também críticas a Luís Montenegro. Um político que, na visão do líder do Chega, “fica sempre a meio da ponte” e não apresenta medidas concretas.
*Notícia atualizada às 18h03