Autarca de Loures já tinha "sinalizado" caso de alegada venda de barracas a Miguel Pinto Luz: "Estamos a acompanhar"
"Um ser humano quando não tem um teto para dormir, filhos sem teto para dormir, não podemos aceitar", entende o responsável pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação
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O ministro das Infraestruturas e Habitação admite que está "sensível" à situação no bairro do Talude Militar, em Loures, e defende um "equilíbrio" de posições. Miguel Pinto Luz garante ainda que está a "acompanhar" caso de alegada venda de barracas.
"Há aqui um equilíbrio entre as duas posições: a posição legítima da Câmara Municipal, que defende os interesses do município no sentido de garantir a legalidade — não pode permitir a proliferação destas construções ilegais — e, por outro lado, temos de garantir a essas pessoas um teto", argumenta o governante, em declarações aos jornalistas.
Sobre o discurso de Ricardo Leão na terça-feira, em que o autarca denunciou uma "teia criminosa" de "comercialização de barracas" no bairro do Talude Militar — embora depois tenha admitido que a "teia criminosa" é "só uma pessoa, que está identificada" —, o Movimento Vida Justa afirmou à TSF que estas foram palavras "de quem tem uma pedra no lugar do coração".
Miguel Pinto Luz sustenta, agora, que os governantes não têm "corações de pedra" e garante que são "sensíveis àquilo que está a acontecer".
"Um ser humano quando não tem um teto para dormir, filhos sem teto para dormir, não podemos aceitar", entende.
Já quando questionado sobre se tinha conhecimento da existência de uma alegada "teia criminosa" de comercialização de barracas, Pinto Luz admite que sim.
"O presidente da Câmara já nos tinha sinalizado isso, estamos a acompanhar", assegura.