Pedro Passos Coelho defendeu que, em circunstâncias semelhantes, os municípios liderados por socialistas e comunistas têm "pior desempenho" em comparação com os governados por PSD ou CDS.
Corpo do artigo
O presidente do PSD participou esta tarde no distrito de Bragança em duas sessões consecutivas de apresentação de candidatos apoiados por PSD e CDS, mas com metas diferentes: em Torre de Moncorvo, o objetivo é reeleger Nuno Gonçalves para um segundo mandato, enquanto em Vila Flor os dois partidos têm esperança de interromper uma governação socialista de mais de duas décadas com a candidatura de Pedro Lima.
TSF\audio\2017\09\noticias\17\antonio_pinto_rodrigues_apresentacao_candidatura_acreditar_em_vila_flor_pedro_passos_coelho_22h
Em Vila Flor, Passos Coelho centrou o seu discurso no apoio ao candidato Pedro Lima, dizendo que o concelho não pode "perder esta oportunidade" de mudança, e, numa breve referência nacional, reiterou a mensagem de que os primeiros dois anos de Governo socialista foram "oportunidades desperdiçadas".
"Dois anos volvidos ainda se quer diabolizar o primeiro-ministro de então, os ministros de então? Dois anos depois ainda temos de estar a lembrar que o Governo de Sócrates não foi uma ficção, que a bancarrota não foi uma invenção nossa", lamentou.
Em Vila Flor, Passos pediu que os eleitores deixem de "dar oportunidades a quem as desperdiça" e pediu a mudança no concelho, tal como aconteceu há quatro anos em Torre de Moncorvo.
"Eles tiveram 24 anos de oportunidades, não vou dizer que tudo foi mau [...], há muito boa obra em Vila Flor, mas são obras que não foram feitas para as pessoas, foram feitas para garantir a próxima eleição", acusou o candidato Pedro Lima, que elegeu como primeira prioridade o combate à desertificação.
"De um modo geral, temos muito orgulho nos resultados dos nossos autarcas. Quando comparamos o desempenho de autarquias com circunstâncias parecidas [...] notamos que aquelas que têm tido lideranças socialistas e comunistas têm piores desempenhos do que aquelas que têm lideranças sociais-democratas e centristas", defendeu em Torre de Moncorvo.
Passos sublinhou que nenhuma eleição está definida à partida e que "não há ninguém que seja dono da escolha que cada eleitor quer fazer".
Contudo, apesar de deixar um apelo contra a abstenção, o líder do PSD reiterou as críticas ao Governo pela intenção já manifestada de, no futuro, proibir a realização de jogos de futebol em dias de eleições.
"Foram os jogos de futebol, mas podiam ter sido outras coisas, que se fechasse toda a atividade cultural, recreativa para que não houvesse abstenção. Isso é um absurdo, não é esse o caminho, evidentemente", disse.