O ministro da Defesa afirmou, no Fórum TSF, que o reforço da cooperação europeia em matéria de segurança e defesa salvaguarda a soberania nacional e não colide com a NATO.
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Azeredo Lopes assegura que "não há, nem deixa de haver, um embrião de exército europeu", na cooperação estruturada permanente, tal como está desenhada.
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O ministro sublinha a palavra "cooperação". "Estamos a falar de uma cooperação entre estados, não estamos a falar da integração do processo de decisão quanto à defesa de cada um", acrescentou o governante, lembrando que este mecanismo já estava previsto no Tratado de Lisboa desde 2007.
Sobre o eventual risco de sobreposição com a NATO, o ministro da Defesa garante que "não corremos esse risco" até porque a questão das relações entre a NATO e a União Europeia (UE) não começou a ser agora debatida.
"Tem vindo a desenvolver-se harmoniosamente entre as duas organizações já há vários anos e principalmente desde a cimeira de Varsóvia de julho do ano passado, ou seja, não é uma questão nova. (...) O que é que significa desde logo a não duplicação? Significa evidentemente que não deve nenhum dos sistemas contribuir para a criação de um esforço em matéria de capacidades que duplique o que está a ser feito do outro lado", explica o ministro.
Azeredo Lopes desvaloriza ainda as críticas dos partidos da esquerda quando à participação de Portugal no esforço militar conjunto da UE. Portugal não assinou a declaração de criação desta nova política europeia, mas o Governo insiste que estará desde o primeiro momento como país fundador e, para isso, existe consenso entre os partidos da direta, na oposição, e o PS.
O BE e o PCP acreditam que esta cooperação estruturada permanente vai resultar num exército europeu e defendem que basta ouvir declarações de governantes e responsáveis que estão na origem desta ideia para perceber que a longo prazo o objetivo vai passar por uma harmonização das forças armadas a nível da Europa.
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Também ouvidos no Fórum TSF, PS, PSD e CDS-PP justificam a adesão a esta cooperação europeia em matéria de segurança e defesa, mas os centristas sugerem que esta política de cooperação seja bem acompanhada pelo parlamento.
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